quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Hope

"Acordei. Significa que não estou morto (uáu, boa teoria). Mas ao fim e ao cabo, talvez a morte não seja só a física. Eu ter acordado implícita que estou vivo fisicamente, mas os meus pensamentos estão mais próximos da morte do que o meu sorriso deixa transparecer. Levanto-me, faço o que tenho a fazer, e tomo uns antidepressivos quaisqueres. O efeito não tarda, estou mais lúcido. Mas isso não é necessariamente "agradável". Afinal, o eu estar a definhar psicologicamente não será um mecanismo de defesa? Que se foda. Estrago mais um dia da minha inútil vida, a ver tv, beber, e a pensar (em quê? Nela... Em "Nós", apesar de já nem o "Eu e Tu" existir, quanto mais o "Nós", o conjunto). Saiu à noite, sem destino nem propósito. Uma festa. Fixe, mais efeitos nefastos para a minha carcaça. Está animada. A história continua. Uma bebida, duas, enfim. Começo a pensar nela, outra vez. Ela sim, era o verdadeiro sentido da minha vida. Com ela era feliz. Não, não me enganei, ela era mesmo a mulher da minha vida. E perdi-a. Já nada me cativa, acho melhor ir dar uma volta, antes que enlouqueça no meio deste mar de pensamentos, nesta tempestade depressiva e sentimental. Vou pedir uma bebida. Encontro alguns amigos, e avisto-a ao longe.. Isso só acelera a minha auto-destrucição. Não penso em mais nada, e a partir dai, a noite é apenas uma mancha difusa. Acordo no meio de todos, deitado no chão. Alguns olham-me, mas ninguém faz nada, durante um tempo. Ela chega-se a mim, limpa-me a cara e abraça-me. Só consigo dizer: -" Desculpa, não sabia o que fazer sem ti." -"Não te preocupes, eu estou aqui." - Responde ela com aquele sorriso que me enche de esperança." (Da curta, "Madness")

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