segunda-feira, 11 de junho de 2012
Distância
Ele acorda, e como em todas as outras manhãs, levanta-se, abre a janela.
Olha o horizonte, e logo ai a sua mente viaja. Viaja para junto dela, a
milhares de quilómetros de distância, e para as ultimas palavras que lhe
disse. “Meu anjo, um dia, quando me conheceres melhor, vais
saber que para mim é extremamente complicado meter em palavras o que
estou a sentir. Mas eu não posso deixar isto passar, não deste jeito. Entras-te na minha vida de um modo inesperado. Eu não estava à
procura, muito menos à espera. Mas tu és mesmo assim, uma caixinha
de surpresas. Amo quando ficas com aqueles ciumes, sério, dá-me gozo,
porque significa que sentes algo por mim. Adoro o teu jeito meio “És
meu, o resto, foda-se”. Odeio quando me falas mal, porque fico com medo
de ter feito algo errado. Eu não digo “eu amo-te” para quase ninguém, e disse a ti. Eu não sei bem porquê, mas contigo sinto-me seguro, sinto-me amado. Não posso prometer que serei sempre o melhor, perfeito,
porque não o sou, não mesmo. Eu falo porcarias, faço porcaria, mas no
meio disso tudo, eu sempre vou amar o teu sorriso, o teu cabelo, sempre vou
amar-te, do fundo do meu coração. E eu não sei te dizer porque deverias
arriscar um salto no escuro como é ficar comigo, mas sei que isso me
faria o homem mais feliz do mundo. Talvez esteja destinado, talvez não. Tu és minha e eu sou teu, independente de tudo. E nem esta distância
nos separará”. Depois disso ele fecha a janela, e arranja-se
para sair, sempre com uma certeza na mente: não será um oceano, um
milhão de quilómetros, enfim, não será a distância que irá impedi-lo de a
amar.
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