segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ainda és tu

Como diz aquela música, não podes perder o que nunca tiveste... E eu nunca te tive. Pelo menos não da forma que eu queria. A tua presença sim. Tu estavas lá, sempre estiveste. Simplesmente não eras "minha". Se soubesses as vezes que eu sonhei com isso.. Torna-se difícil aguentar este sentimento, este vazio cá dentro. E torna-se impossível de esquecer. Pelo menos quando ainda adormeço e acordo a pensar em ti. Quando ainda passo os dias a pensar em como seríamos felizes. Mas a vida tem destas coisas, e decidiu que nós não estávamos destinados. Por muito que eu lutasse, por muito que eu quisesse, por muito que eu precisasse... Mas mesmo assim, não percebo o porquê de, depois de ter assimilado tudo isto, ter concordado comigo mesmo que nós não podíamos ficar juntos, eu ainda continuar a pensar e a sonhar contigo. Ainda precisar de te ver sorrir para me sentir bem. De falar contigo para me sentir completo. Acho que isto significa que eu ainda te amo, e que isso não vai mudar tão cedo...

Violões, músicas e lembranças

Eu peguei no violão e comecei a tocar a tua música, a nossa música. Aí a minha cabeça voou para outro canto do mundo, voou para junto de ti, onde já se encontra o meu coração. Eu queria que soubesses o que eu sinto, o que o meu coração ainda diz. Eu nunca tive coragem de te dizer, junto de ti a minha boca congelava, aparecia um friozinho na minha barriga. Aos poucos fui ganhando coragem, e eu pensei que tu já soubesses.. Mas não. Ai eu tive de me encher de coragem e por o orgulho de lado. Porque eu queria-te, eu não suportava a ideia de não te ter. “Eu amo-te”. Isto foi a coisa mais difícil que eu disse em toda a minha vida. Porque eu tinha medo da resposta, tinha medo que não sentisses o mesmo, de eu não ser suficiente. Afinal, eras a menina mais linda que tinha visto em toda a minha vida. Mas ai tu disseste “Eu também te amo”. O meu coração quis saltar do meu peito nesse momento. Eu fui o homem mais feliz do mundo. Eu beijei-te, e abracei-te. Foi o concretizar do meu sonho, eu puder te chamar de “minha”. Até ai eu só conhecia o lado mau do amor, o lado que magoa, mas por fim descobri o melhor lado. Mas o para sempre é apenas ilusão. Tens noção do quanto me fazias feliz? Do quanto eu te amava, aliás, ainda amo? Eu pensei que sim.. Mas agora nada disso existe. E eu tenho medo. Tenho medo de nunca voltar a ser feliz daquele jeito.. O que fazemos quanto está tudo tão mal e não sabemos sequer por onde devemos começar? Eu odeio esse sentimento. Odeio não te ter aqui, odeio ver-te nos braços de outro. Eu sinto falta do teu carinho, sinto falta de como brincavas comigo. Do teu riso quando eu fazia aquelas ceninhas de ciumes. Eu sinto falta de quando tu me amavas.

Distância

Ele acorda, e como em todas as outras manhãs, levanta-se, abre a janela. Olha o horizonte, e logo ai a sua mente viaja. Viaja para junto dela, a milhares de quilómetros de distância, e para as ultimas palavras que lhe disse. “Meu anjo, um dia, quando me conheceres melhor, vais saber que para mim é extremamente complicado meter em palavras o que estou a sentir. Mas eu não posso deixar isto passar, não deste jeito. Entras-te na minha vida de um modo inesperado. Eu não estava à procura, muito menos à espera. Mas tu és mesmo assim, uma caixinha de surpresas. Amo quando ficas com aqueles ciumes, sério, dá-me gozo, porque significa que sentes algo por mim. Adoro o teu jeito meio “És meu, o resto, foda-se”. Odeio quando me falas mal, porque fico com medo de ter feito algo errado. Eu não digo “eu amo-te” para quase ninguém, e disse a ti. Eu não sei bem porquê, mas contigo sinto-me seguro, sinto-me amado. Não posso prometer que serei sempre o melhor, perfeito, porque não o sou, não mesmo. Eu falo porcarias, faço porcaria, mas no meio disso tudo, eu sempre vou amar o teu sorriso, o teu cabelo, sempre vou amar-te, do fundo do meu coração. E eu não sei te dizer porque deverias arriscar um salto no escuro como é ficar comigo, mas sei que isso me faria o homem mais feliz do mundo. Talvez esteja destinado, talvez não. Tu és minha e eu sou teu, independente de tudo. E nem esta distância nos separará”. Depois disso ele fecha a janela, e arranja-se para sair, sempre com uma certeza na mente: não será um oceano, um milhão de quilómetros, enfim, não será a distância que irá impedi-lo de a amar.

Ele e Ela

Ele: Eu não sei o porquê, afinal, nem fazias muito o meu gênero. Eu nunca tinha visto garota mais metida, sempre se achando. E me ignorava, o que eu achava insultante. Quando falou comigo pela primeira vez, eu nem liguei. Mas aí eu descobri que você andava tentando arranjar o numero do meu celular. Eu fui falar contigo, e eu vi uma garota que eu não conhecia. Eu disse “Oi”, e você veio com o seu “Olá”, com ar de metida. Mas quando eu perguntei para que você queria o numero do meu celular, você escondeu a cara entre o seu cabelo, olhou pra baixo, e não disse mais nada. Isso ficou mexendo na minha cabeça. Ai eu fiz com que você recebesse o meu numero, através de um amigo. Nós começamos a falar, e eu não sei. Eu vi uma menina totalmente diferente. Tu tinhas essa capa de durona, mas no fundo. Eras apenas uma garotinha com medo. E com o tempo, eu fui-me apaixonando por essa garotinha. O teu sorriso, o jeito como escondias o rosto quando eu te elogiava, os teus olhos. Quando eu vi, eu estava totalmente apaixonado. E eu não sabia o que fazer.

Ela: 
Nunca suportei você e sua turminha, sempre fiz questão de mostrar que sou superior a você, pelo simples fato de amar você. Quando descobri que tínhamos um amigo comum e com a ajuda de algumas amigas perdi minha vergonha e fiz de tudo para arranjar seu número. Quando senti você se aproximar de mim não pude evitar um “Olá” debochado, mas logo você com esse teu jeito conseguiu me deixar envergonhada, não sabia o que fazer e agradeci inúmeras vezes ao meu cabelo, por naquela hora ter me ajudado. Logo ele a quem eu tanto brigo por nunca esta bom. Passaram-se os dias e a felicidade que eu senti ao receber seu número é inexplicável. Quando começamos a nos conhecer melhor eu não pude evitar e me surpreendi comigo mesma, eu estava deixando você entrar em minha vida de um jeito que nenhum outro menino conseguiu. Eu te contei todos os meus medos e em pouco tempo você virou meu diário mais do que particular. Eu tinha tanto receio de não ser correspondida a esse amor, mas o tempo me mostrou o contrario. Eu e você estávamos virando nós sem ao menos percebemos.  


Texto escrito por mim e Larissa Linhares.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Diálogos Parte II

[3 horas da madrugada. Ele já a tinha visto ao longe, a conversar, a divertir-se, rir… Nada podia se comparar à dor que ele estava a sentir. Mas o jeito era guardar tudo lá dentro. Não deixar transparecer o quanto aquilo o afectava. Passado um tempo, ela ia passando, e encontra-o sentado no chão, com a cabeça entre as pernas]
Ela - Hey, está tudo bem?
Ele - Define “bem”.
Ela - Está a sentir-te bem?
Ele - Estou me a sentir uma merda.
Ela - Bebeste demais?
Ele - Sim. Bebi demais. Bebi lembranças. Saudade. Tentei afogar todas as minhas dores mas nem isso eu consegui. Sinto-me como se não fosse suficientemente bom para nada, para ninguém..
Ela - Não fales assim..
Ele - Não falo assim? Eu não sei o que mais dizer.. Tudo o que eu faço é sentir a tua falta. Pensar em ti, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eu não tenho a força suficiente para te esquecer, para te deixar ir… Qualquer coisa leva o meu pensamento a chegar até ti. Eu era quase capaz de te sentir ali, do meu lado, tanta era força que eu fazia para que isso acontecesse. Queria ter tido a coragem de te ligar, talvez só para dizer “eu sinto a tua falta”. Mas em vez disso, ficava a pensar para mim mesmo que se talvez eu tivesse feito algo mais.. Mas tu disseste que não queria ser mais minha. Que não dava mais. E isso faz-me tanto mal. Eu fui cometendo um crime.. Fui me matando aos poucos. Destruindo-me. Toda as vezes que te via ao longe, sorrindo, eu morria um pouco mais, por ver que tu conseguias ser feliz sem mim. Porque eu apenas consegui sentir a felicidade do teu lado. Quando acordava com uma sms sua de bom dia. Quando te abraçava, quando te beijava, quando sorrias para mim. A minha felicidade… Eras tu. Ainda és. Eu apenas queria ser bom o suficiente para te fazer feliz também.. Eu não pertenço a este mundo sem ter você. Eu te amo.
[Ela, que estava a olhar para o chão, ouvindo tudo, olhou para ele, a chorar. Deixou a garrafa que trazia na mão cair, e abraçou-o]
Ela - Tu pertences ao meu mundo. Eu também te amo.
Ele - O meu mundo és tu.
[Eles beijam-se, ouvindo o som da música ao longe]

Please, let us to be happy

Na teórica, amanhã é o último dia. E este dia pode ser visto de duas maneiras diferentes: o fim de um ciclo, ou o inicio de outro. Mas como todo o final, este assusta. Não há preparação possível para deixarmos tudo o que mais amamos simplesmente ir. Amigos, amores, risos, momentos, tudo... É claro que se amamos realmente, isso nunca se vai perder. Mas vai ser diferente. Não pudermos ver as pessoas que mais queremos todos os dias é algo que assusta. O desconhecido assusta. A solidão assusta. Sair da zona de conforto assusta. O futuro, esse tão esperado local temporal, assusta como tudo. Mas agora, apenas resta agradecer e tentar manter tudo o mais normal possível. Agradecer por todo este tempo maravilhoso que nos foi proporcionado, por todos os momentos, por tudo. Agradecer por todas as pessoas maravilhosas que conhecemos e esperar que elas permaneçam na nossa vida para sempre. Assim espero. Não tenho palavras para dizer o quanto vos amo e quão agradecido estou por tudo. Mas acho que nem preciso, vocês sabem. E agora, vamos fazer uma força para permanecermos unidos, e por favor, vamos ser felizes!