terça-feira, 7 de junho de 2016

Sentimentos cravados no peito

Passou um mês, dois, três. Passou um ano. Passou um ano e parece que passou um século. Até ao ponto de seres quase uma memória apenas, quase um pensamento de fim de dia. Mas não. Fazes questão de permanecer, mesmo depois de tanto tempo. Depois de ti, nada sabe ao mesmo. Posso dizer com toda a certeza que a vida ficou mais cinzenta. E o nível de estupidez deste sentimento chega ao ponto do absurdo. Tenho vontade de me espancar a mim próprio por sequer ter esta ideia. Mas é a verdade. O céu perdeu a cor, o café o sabor. E eu perdi-te a ti. Mas uma vez ouvi dizer que os finais normalmente trazem novos caminhos, só não nos apercebemos na altura. Tenho a certeza que vais ficar marcada para sempre na minha memória, que este sentimento ficará cravado no meu peito como as tuas unhas se cravavam nas minhas costas. Mas tenho a certeza que um dia, vou relembrar isto como uma rua que me levou ao meu destino final. E vou pensar em ti com carinho, como sempre.

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