Quando
somos miúdos não pensamos nestas coisas, só queremos brincar e ser
felizes, mas chega a um ponto em que começamos a nos interrogar e fazer
uma reflexão interior sobre qual será o sentido daquilo a que chamamos
vida. Agora, passados quase 17 anos do meu nascimento, essa dúvida
assola-me. Primeiro, o que é a vida? Segundo a definição “A vida (do latim vita)
é um conceito muito amplo e admite diversas definições. Pode-se referir
ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço de
tempo entre a concepção e a morte de um organismo; a condição duma
entidade que nasceu e ainda não morreu; e aquilo que faz com que um ser
vivo esteja vivo. Metafisicamente, a vida é um processo constante de
relacionamentos.” Para mim, não está totalmente correcto. A vida não se
limita ao tempo entre o nascimento e a morte, é muito mais que isso. A
vida é aquilo que cada um quiser fazer dela. Assim como o sentido da
vida não tem uma definição geral, mas uma pessoal. Eu podia ser um homem
estético, e tentar dar à minha vida um sentido através da diversão.
Podia ser um homem ético e tornar a minha vida um mar de obrigações,
assim como podia ser um homem religioso e dedicar-me a Deus. Mas numa
coisa concordo, na vida há, sim, um processo constante de
relacionamentos. O ser humano tem uma necessidade enorme de ser amado, e
alguns fazem disso o seu sentido da vida, encontrar a sua cara-metade.
Nos meus pensamentos, o sentido da vida ainda não é uma coisa certa.
Muitas vezes penso que não tem sentido nenhum, outras vezes penso, que
talvez um dia o encontre, e isto é influenciado por várias coisas. Como
romântico incurável, a maior partes das vezes penso que encontrarei o
sentido da minha vida quando encontrar alguém que ame, e que me ame, sem
rodeios. Estarei correcto? Não sei. Mas quando vejo o meu futuro, é aí
que me vejo, ao lado de quem amo, com os meus (verdadeiros) amigos por
perto, a minha família. E ao vê-los felizes, acho que encontrarei o
sentido da minha vida, ajudando nessa felicidade. Mas agora, enquanto
adolescente, vou tentando dar sentido à minha vida através de quase
nada, e ao fim e ao cabo, tudo. Amor, amizade, divertimento, são várias
as coisas que me fazem pensar que talvez possamos andar aqui por algum
motivo, e não somos apenas mais um ser vivo na cadeia alimentar, mas
algo mais. E acho que, se não pensarmos assim, chegamos a um ponto em
que achamos que nada disto vale a pena, e desistimos. E eu não quero
desistir, porque afinal, é a minha vida, a minha felicidade.
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