"Querida *,
Se estás a ler isto significa que finalmente tive coragem de enviar. Bom para mim. Tu
não me conheces muito bem, mas quando conheceres vais ver que tenho
tendência a falar sobre como escrever é difícil para mim.
Mas isto, nada se iguala á dificuldade que tive em escrever isto.Não existe um jeito de falar, então cá vai: Conheci alguém.
Foi acidental, não estava à procura. Foi uma perfeita tempestade de sentimentos.
Ela disse uma coisa. Eu disse outra.
Em seguida eu soube que queria passar o resto da minha vida naquela conversa.
Agora tenho esta sensação no peito. Pode ser ela.
Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica.
Bastante manutenção necessária.
És tu, *.
Essa é a boa notícia.
A má, péssima, é que não sei como ficar contigo agora.
E isso assusta-me para caralho.
Porque se eu não ficar contigo, tenho a sensação que vamos nos perder por aí.
É um mundo grande, mau, cheio de reviravoltas.
E as pessoas tem um jeito de piscar e perder o momento.
O momento que podia ter mudado tudo.
Eu não sei o que está a acontecer connosco, e não sei te dizer porque
devias arriscar um salto no escuro p'ra gostar de mim mas, porra, tu
cheiras bem, como um lar.
E fazes óptimos jantares, isso deve contar para algo, certo?
Liga-me, ou não.
(In)felizmente teu, para sempre."
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